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30 de novembro de 2015

Professora cria projeto para manter cultura dos indígenas da etnia Terena

Interesse de Cíntia pelos indígenas da etnia Terena surgiu quando começou a graduação (foto: Divulgação)

O contato dela com os indígenas começou no ônibus escolar que pegava diariamente, com itinerário de Dois Irmãos do Buriti (MS) até Aquidauana (MS), mas acabou se intensificando depois de ela passar a pesquisar sobre a vida deles. Criada entre fazendeiros, Cíntia Nardo Marques Gonzáles, de 27 anos, contrariou as opiniões da família e, em parceria com outras mulheres, criou um instituto para preservar a língua do povo de etnia Terena.

Ela conta que começou a trabalhar com a comunidade indígena durante o curso de graduação em História. À época, estudava na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Câmpus de Aquidauna e fazia parte de um projeto de iniciação científica em que precisava frequentar a aldeia Limão Verde.

A irmã de Cíntia, que pouco tempo antes, tinha começado a estudar naquela mesma instituição já fazia pesquisas sobre os Terena. "Tinha uma questão complicada e eu e minha irmã enfrentamos entraves na família", declara a professora.

O motivo, segundo ela, eram os parentes com propriedades rurais que haviam sido retomadas por índios Terena na região Dois Irmãos do Buriti (MS). "Com meus pais não tive problema, mas os outros parentes tinham a visão do proprietário rural e perguntavam: 'vocês ainda estão trabalhando com índio?'. Nós não ligamos".

VALORIZAÇÃO DA CULTURA

Professores indígenas recebem capacitação no Instituto
(foto: Divulgação)
E assim, sem dar importância para as opiniões alheias, a professora, em parceria com outras três mulheres, criou em 2012 o Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural para evitar que a cultura dos indígenas se perdesse em meio a esse processo de adaptação a que eles são submetidos.

"Esse projeto surgiu do sonho de quatro meninas como forma de retribuirmos todo acolhimento, toda ajuda que essas comunidades tiveram com a gente enquanto pesquisadoras", explica Cíntia.

Na prática elas incentivam a manutenção da cultura indígena por meio da arte e, especialmente, por meio da linguagem, com a elaboração de livros didáticos. "Aqui em Limão Verde eles não são falantes da língua Terena e não produzem cerâmica porque a terra não é propícia. Então pensamos principalmente na preservação da língua que eles precisam para alguns ritos. Se não tiver isso, se perde a questão da cultura".

Como a comunidade indígena sempre teve a intenção de registrar a língua materna para que as crianças tivessem um contato desde o início da alfabetização, a ideia foi criar materiais didáticos para ajudar a implantar a língua Terena dentro das escolas."Eles sempre tiveram a educação do não índio que a sociedade impôs pra eles e não abordava questão indígena muito menos a língua materna", enfatiza Cíntia.

O PRIMEIRO LIVRO

Depois de decidirem elaborar o primeiro livro didático na língua Terena, a dúvida foi sobre o conteúdo porque até então não havia nenhuma obra do tipo para que pudessem usar como referência. "Eles estudavam toda grade de conhecimentos universais, mas percebemos que poderiam ter também arte, língua e cultura Terena. Pegamos o planejamento dos professores para ver o que eles aplicavam e criamos o livro".

A tradução do português para o terena foi feita pelos professores da comunidade que perdiam os fins de semana se debruçando sobre livros e, atualmente recebem capacitação para trabalharem questões indígenas em sala de aula na Formação Continuada de Professores, rebatizada Kalivôno e que também é ofertada pelo Instituto.

 "Quando eles viram o material pronto, eles ficaram como quem não acredita. Vai muito pesquisador pra lá e não dá a devolutiva", pontua Cíntia.

Como o trabalho de Cíntia e das outras é voluntário, para garantir o patrocínio para elaboração do livro, o Instituto inscreve os projetos  em editais que oferecem premiação em dinheiro.

Por enquanto, só o livro do 1º ano foi publicado e, hoje, é utilizado por 800 alunos das escolas indígenas de Miranda (MS), mas o da educação infantil também está sob elaboração. "É uma gratificação tanto para eles quanto para nós", declara a professora.

O instituto foi premiado por duas vezes pela Brazil Foundation, outra vez pelo Banco do Brasil e agora concorre pelo 4ª Prêmio Acolher da Natura. Esse concurso é voltado para consultoras que lideram projetos sociais. A votação termina nesta segunda-feira (30) pelo site www.votacaoacolher.com.br

27 de novembro de 2015

Do Pantanal para os Emirados Árabes: jovem abandona faculdade para viver do Jiu-Jitsu

Atleta corumbaense, Ariadne (kimono escuro) é bicampeã brasileira e ostenta outros títulos (foto: Gracie/Magazine)

As primeiras finalizações de Jiu-Jitsu Ariadne de Oliveira aprendeu com o pai dela em solo pantaneiro, mais precisamente em Corumbá (MS), onde nasceu. À época, o sonho dela de viver dessa arte marcial parecia distante, mas depois de muito suor e tantos títulos ele tornou-se realidade. Hoje, a jovem, de 25 anos, mora nos Emirados Árabes Unidos (EAU), e organiza a rotina entre treinos e aulas que dá nas escolas locais.

Diariamente, ela coloca em prática a rotina rigorosa aprendida nos tatames ainda na infância. Antes de ir para o colégio, onde atua como professora ensinando os golpes que a fizeram ser campeã mundial, Ariadne faz uma preparação física. Quando retorna do trabalho, ela treina novamente. Segundo ela, na cidade de Al Ain, o Jiu-Jitsu é uma disciplina ofertada para as crianças assim como a matemática e a língua portuguesa são ensinadas no Brasil.

"Nunca imaginei viver do Jiu-Jitsu, apesar de sempre ter sonhado com isso", declara a jovem lamentando apenas os mais de 12 mil km que a separam da família."É muito difícil ficar distante de quem realmente te apoia, mas você acaba acostumando e a tecnologia ajuda a matar a saudade".

OUTRAS RENÚNCIAS

Antes de mudar de país, o que ocorreu em 2014, Ariadne cursava odontologia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em Campo Grande, mas chegou um momento em que teve de escolher entre as duas carreiras. "Sempre consegui conciliar estudos e treinamento até a faixa preta. Era uma rotina bem corrida, mas conseguia. Ano passado decidi trancar minha faculdade de odonto para viver do Jiu-Jitsu e hoje moro aqui, trabalhando e treinando". 

Nessa carreira de lutadora, a atleta corumbaense ostenta títulos importantes. Dentre eles, o de bicampeã brasileira e campeã do Rio International Open categorias peso e absoluto, por duas vezes vice-campeã mundial na competição realizada pelo International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF), campeã mundial profissional em evento organizado pela Federação de Jiu-jitsu dos Emirados Árabes Unidos (UAEJJF, na sigla em inglês) e, o mais recente, bronze na competição do IBJJF neste ano. 

Ela teve de trancar a faculdade para se dedicar ao
Jiu-Jitsu (foto: Gracie Magazine)
"Acho que ser lutadora ainda não é algo comum em nossa sociedade, porém em comparação com espaço de 13, 14 anos atrás, que foi quando comecei, é muito maior e melhor. A mulherada penou para chegar onde estamos. Não se compara ao masculino ainda, mas já caminhou muito". 

Ariadne não detalha os obstáculos que ela mesmo teve de enfrentar para conquistar os títulos, mas tem lembranças claras de cada vitória nos tatames. 

"Eu me lembro, sim, da sensação, mas acho que não consigo descrever. Jiu-Jitsu pra mim é uma realização pessoal. É bem difícil descrever o sentimento de dever cumprido, de ganhar algo que você almeja e trabalhou duro por isso! As dificuldades, só quem viveu sabe", finaliza. 

JIU-JITSU NO DNA

Além de Ariadne, existem outros lutadores na família. O pai dela, médico Manoel João Costa, os irmãos Celinha Oliveira e Taedes Mendonça e o marido Stephano Lima. Mestre Manoel comanda a equipe da Academia Iron Jiu-Jitsu em Corumbá. 

26 de novembro de 2015

'Tão importante quanto aprender Matemática é aprender a não tratar a mulher com machismo', afirma cientista social e professora

Fernanda Serafim é cientista social
e professora
(Foto: Reprodução/Facebook)
Outra feminista convicta aqui no Mulheres Inspiradoras. Desta vez, é a cientista social e professora da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul, Fernanda Serafim, de 30 anos.
Observadora e sensível, ela luta contra o machismo diariamente. Para ela, as escolas são espaço público de atuação política e ser professora exige comprometimento com os direitos sociais.
Neste espaço, Fernanda falou sobre respeito, preconceito e o que a deixa indignada.

Lembrando que nesta seção "Ping-Pong", as perguntas são curtas, muitas vezes apenas vocábulos, mas a entrevistada tem a liberdade de responder o quanto quiser, como achar melhor e, de preferência, com aqueles primeiros pensamentos que vem à mente ao se deparar com a palavra. Confira!


1-Patriarcado:
Enquanto conceito utilizado pelo Movimento Feminista, dentro e fora das discussões acadêmicas, para a análise histórica da desigualdade de gênero, o patriarcado corresponde a um sistema integrado de instituições e relações sociais fundamentado na manutenção da dominação social-histórica da mulher pelo homem.
Etimologicamente, sua origem está no grego e significa o poder do pai, ou a centralidade da organização da vida em sociedade a partir do poder do homem. Em outras palavras, a partir da construção de uma sociedade hierárquica, em que a possibilidade das decisões políticas, sociais, econômicas e culturais estão centralizadas na satisfação e privilégio do gênero masculino, as mulheres são oprimidas desde suas relações imaginárias e subjetivas com o corpo e a psique até o acesso às condições sociais de transformação dessa opressão em liberdade.

24 de novembro de 2015

Tristeza, medo e irritabilidade depois do nascimento do filho podem indicar baby blues ou depressão pós-parto, alerta psicóloga

Sintomas do baby blues e da depressão pós-parto são semelhantes; diferença está no tempo de duração do quadro clínico
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ansiedade, choro e angústia em mulheres que acabaram de dar à luz podem indicar a presença do "baby blues" ou da depressão pós-parto. Normalmente, esses sintomas estão relacionados a questões hormonais, mas quando eles demoram a desaparecer é preciso buscar ajuda profissional, conforme explica a psicóloga e doula, Mariksa Ungerer. Segundo ela, participar de grupo de gestantes e realizar cursos de partos durante o pré-natal, são as melhores formas de prevenção.

"A diferença entre o baby blues e a depressão pós-parto é o tempo em que a doença se instala e o momento em que se instala. O baby blues acontece logo após o nascimento do bebê e está relacionado a questões hormonais da mãe, de lactação, mas os sintomas são muito parecidos com a depressão pós-parto", explica.

21 de novembro de 2015

Empresária vendia verduras nas ruas e hoje faz sucesso na construção civil

Empresária (do lado direito) ao lado dos funcionários de filial da loja Elos Materiais de Construção
(Foto: Reprodução/Facebook) 

Pelas ruas da Capital, a empresária Eliza Goya Kohatsu deu os primeiros passos como empreendedora. À época, com 8 anos, ela negociava as hortaliças produzidas pelo pai dela. Pouco tempo depois, trocou o verde das folhas pelo cinza dos cimentos e materiais de construção, produtos que comercializa até hoje.

Nessa trajetória, marcada pela persistência, ela afirma ter aprendido ao menos duas coisas: "tudo pode virar negócio, tudo é empreendimento".

Ela é proprietária de duas lojas de materiais de construção, uma localizada na Rua Pernambuco e outra na Mata do Jacinto e mantém alguns hábitos que adquiriu na infância e a fizeram chegar onde está.

20 de novembro de 2015

No dia da consciência negra faltam motivos
para as mulheres comemorarem

Mulheres negras durante a marcha realizada no dia 18 de novembro em Brasília 
(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil) 

Vez ou outra o pai dela direcionava os olhos dela para os dele e dizia: "olhe bem para minha pele, eu sou um homem negro". E como se estivesse contemplando um espelho, Ana José Alves via o reflexo do que também era, ao mesmo tempo em que refletia sobre o significado daquelas palavras que a fizeram ter vontade de lutar pela causa, até tornar-se presidente do Coletivo de Mulheres Negras de MS. No Dia da Consciência Negra, celebrado hoje, Ana afirma que há poucos motivos para comemorar, mas sobram razões para continuar lutando.

"As mulheres negras continuam na base da pirâmide, temos pouca ascensão. É só observar quantas mulheres temos em cargos de chefia, como gerentes, deputadas. Muito pouco! E tudo isso por conta do preconceito", declarou Ana ao Mulheres Inspiradoras.

19 de novembro de 2015

'As pessoas precisam nos ouvir verdadeiramente', alerta representante de mulheres com deficiência


Mirella Ballatore Tosta, 52 anos, é coordenadora da Comissão de Mulheres com Deficiência de Campo Grande   (Foto:Arquivo Pessoal)

Mais difícil que controlar a cadeira de rodas ou deixar-se orientar pelos pisos táteis é ser percebido pelas pessoas ditas "normais". Essa é a realidade de centenas de mulheres com deficiência que precisam lutar diariamente para terem direitos básicos concretizados.

Mirella Ballatore Holland Tosta, de 52 anos, é uma dessas mulheres. Cadeirante, ela foi diagnosticada com osteogênese imperfeita III, conhecida como síndrome dos "ossos de cristal".

"Nasci com quatro fraturas e cabia em uma caixa de sapato", diz. E por esse motivo, ela teve de enfrentar a discriminação dos outros desde a infância.

"Hoje em dia as pessoas são mais veladas em suas atitudes com relação à demonstração do preconceito, porque as vítimas estão mais bem informadas de seus direitos e podem processar o 'agressor', porque discriminação é uma agressão".

16 de novembro de 2015

Jovem relata que dois AVC's hemorrágicos na infância serviram de impulso para vencer desafios

Thamires Rombi, 25 anos, é formada em biologia e faz especialização em perícia criminal e ciências forenses  (Foto:Arquivo Pessoal)

Durante a colação de grau, quando usava a tradicional beca preta e o capelo, Thamires Rombi Azuaga, de 25 anos, fez um questionamento silencioso: "Se eu tivesse me contido com a vontade do médico, de me deixar em casa naquele ano, teria alcançado meu diploma?". Sem ter a resposta, ela só pode concluir que a "teimosia" que lhe é peculiar foi fundamental para contrariar desde um diagnóstico pessimista até a desconfiança das pessoas em relação a capacidade dela depois de dois AVC's (Acidente Vascular Cerebral) sofridos na infância.

14 de novembro de 2015

'Os jornalistas de cultura sofrem discriminação', afirma ex-editora e empresária da Capital

Daiane Dal Libero, 26 anos, é jornalista, assessora 
de imprensa e empresária. (Foto:Mariane Libero)
A entrevistada de hoje do Mulheres Inspiradoras é a jornalista Daiane Dal Libero, de 26 anos. Ela é campo-grandense, feminista convicta, gosta de rock, de cozinhar e de acompanhar o cenário cultural em Mato Grosso do Sul.
Lembrando que, aqui na seção Ping-Pong, as perguntas são curtas, muitas vezes apenas vocábulos, mas a entrevistada tem a liberdade de responder o quanto quiser, como achar melhor e, de preferência, com aqueles primeiros pensamentos que vem à mente ao se deparar com a palavra. 

1-Cultura:
Hoje a cultura de Mato Grosso do Sul vive um momento muito complicado, não somente em decorrência da crise. É possível transcender isso e continuar a produzir, mas é bem mais difícil. Porém, acredito muito que boas produções acontecem aqui. Hoje, temos artistas incríveis e muitos a serem descobertos. Em termos técnicos, acho que os artistas precisam valorizar a regionalidade, mas também procurar produzir em outros segmentos mais modernos, diferentes, mais ousados e arriscados. Mas gosto muito da cultura daqui. Outra coisa é que não podemos mais discriminar a cultura que não gostamos, como cultura pop, geek, e qualquer outro segmento. Rap é cultura, hip hop também. Acredito que cultura é tudo aquilo que envolve algum nível de arte e é produzido por um ser humano, ciente de suas limitações, com muito teor imaginativo e criativo. 

12 de novembro de 2015

'Eu venci!', declara dona de casa que virou meteorologista; única a atuar em MS

Cátia Braga é metereologista do cemtec e professora. 
(Foto: Reprodução Facebook)
Quando Cátia Cristina Braga Rodrigues, de 44 anos, deu início aos estudos em um curso de nível superior, tinha um filho de oito anos e estava grávida do segundo menino, hoje com 18. Segundo ela, os desafios não foram poucos, mas insuficientes para a fazerem desistir do que mais amava: estudar a atmosfera. Onze anos depois de ter tomado a decisão de prosseguir com os estudos, ela é a única meteorologista, mulher e negra, a atuar em Mato Grosso do Sul.

Ela conta que desde as primeiras aulas que teve na Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) até hoje é fascinada com a força da natureza. "Poder 'brincar' de saber o que vai acontecer com o tempo e clima. Apreciar uma carta sinótica e os modelos numéricos do tempo para fazer uma avaliação coerente e a mais certa possível.  Ser meteorologista operacional é saber lidar com a frustração. É chato errar a previsão", declara.

10 de novembro de 2015

Mãe de 1ª viagem cria 'rede' para mulheres desabafarem sobre o 'lado sombrio' da maternidade

Thais Cimino teve a ideia de criar uma página para auxiliar outras mulheres que enfrentam dificuldades, desde a gestação até o nascimento do filho, depois de ter sido obrigada a desmamar a filha, Vida. 
(Foto: Arquivo Pessoal)

"Tive que desmamar a minha filha abruptamente. Foi extremamente desgastante porque, além do sofrimento, me sentia mal em dar mamadeira em público para ela. Era como se todos estivessem me olhando e me julgando. Me sentia uma criminosa". A declaração é de Thais Cimino, criadora do projeto "Temos que Falar Sobre Isso", onde mulheres que, assim como ela, sentiram os corações apertados e perderam a tranquilidade durante a gestação, desabafam sem medo de censuras.

8 de novembro de 2015

Juíza federal sai dos tribunais e vai ao Pantanal para 'aprender' a ajudar pessoas

Raquel durante uma das edições da Expedição da Cidadania (Foto: Arquivo Pessoal)
A jornada dela é relativamente longa e o destino não se vê estampado em revistas de turismo. Como coordenadora da "Expedição da Cidadania", a juíza federal de Mato Grosso do Sul, Raquel Domingues, percorre locais isolados, onde vivem pessoas em situação de extrema pobreza.

Na bagagem, ela leva a "concretização de direitos", mas sempre acaba deixando esses "pacotes" com os nativos, sejam eles quilombolas, indígenas ou ribeirinhos. Quando retorna, ela e os outros passageiros, voluntários dos mais diversos órgãos, trazem consigo muito aprendizado.

6 de novembro de 2015

'É triste ver pessoas sem voz', diz subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres

Luciana Azambuja Roca, 41 anos, é advogada e 
subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres 
em MS. (Foto: Leca Photos/Divulgação)
1-Mulher:
Ser mulher é exercer todos os papéis sem perder a sensibilidade, é lutar pela garantia dos direitos e acesso aos serviços públicos e ainda superar as dificuldades desigualdades do dia-a-dia sem esmorecer.

2-Vulnerabilidade:
É triste ver pessoas sem voz, invisibilizadas, dependendo de favores, vivendo em absoluta vulnerabilidade social. É preciso dotar essas pessoas de cidadania e permitir que gozem dos direitos fundamentais.

3-Prevenção:
A melhor arma para combater todos os males e para a mudança de comportamento da sociedade. Falando de prevenção à violência, acredito que a informação sobre direitos deve alcançar todas as mulheres para que não se calem diante de uma situação de violação de direitos.

3 de novembro de 2015

Estudante surdocega supera limites e cria incríveis peças

(Foto: Maressa Mendonça)
A arte foi a maneira encontrada pela estudante Ana Cristina Viana Pereira de Arruda, de 41 anos, para lidar com as sombras impostas pela cegueira e o silêncio imposto pela surdez. Com as esculturas que cria em papel machê, a estudante surpreende professores e alunos da escola em que estuda e prova que a força de vontade pode, sim, superar deficiências físicas.

2 de novembro de 2015

Conversa com Daniela Duarte, presidente do ‘Movimento Mãe Águia’

Daniela durante realização de palestras na caravana Siga Bem Caminhoneiro em Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal)
1-Infância:
É a fase mais importante da vida, pois as lembranças de maus-tratos, abandono e falta de afeto são ocorrências que não se apagam, podendo provocar modificações cerebrais, tornando adolescentes, jovens e adultos confusos e sem controle emocional. Desenvolver a resiliência é fundamental.

1 de novembro de 2015

Muçulmana enfrenta ‘turbulências’ para se tornar piloto de avião

(Foto: Reprodução/Facebook)
Os sonhos dela pareciam estar nas nuvens e para lá foi ela, primeiro como comissária de bordo e, mais tarde, como piloto de avião. Muçulmana, Amel Sayed El Attar, que hoje mora em São Paulo,  contornou o machismo, as pressões da religião e da própria família, como uma aeronave contorna as nuvens de tempestades. E assim, em solo brasileiro, conseguiu firmar-se na aviação, “um ‘mundo’ que julgavam não pertencer as mulheres”.
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